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Beleza perdida



no máximo, você era
o pensamento sensível de uma mão sensível
e quando
ante o amor das flores estou inerte e ausente -
enquanto a aranha bebe a hora da colheita -
tocam os sinos cinzentos,
deixe um sapo dizer
                                    uma voz está morta;
deixe as feras da floresta,
os dias que tiveram ódio disso,
as viúvas teimosas de luto resignado
planejarem uma pequena rendição em algum lugar
entre Mexicali e Tampa;
você se foi, cigarros fumados, pães fatiados,
e a menos que isso seja tido como sofrimento forçado:
ponha a aranha no vinho,
esmague a fina cabeça que continha pouca iluminação,
como se fosse menos que um beijo traiçoeiro,
e me inscreva para a última dança
você muito mais morta que eu:
eu sou um prato para suas cinzas,
eu sou punho para seu ar.

o que existe de maior quanto à beleza
é descobrir que se foi.





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