rasgar poemas é minha
especialidade.
em uma noite
sou capaz de escrever entre 5 e uma
dúzia
sentindo-me muito bem com relação a
todos
eles.
no dia seguinte
à luz da manhã
fria
eu os encaro de
novo:
alguns têm
quando muito
apenas um verso decente
ou dois.
rasgar e mandar para a cesta
esses fracassos
é puro
prazer.
há alguns
dias
em que todos eles
se vão.
o poema dificilmente é o
centro da nossa
existência
embora tenha havido muitos
poetas
que sentiam
assim.
sejam quem forem,
os deuses não são
bobos.
eles devem rir
e admirar-se
da nossa febre
por fama.
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